Quem vê TV sofre mais que no W.C.

Televisão.
Essa caixinha mágica que mudou a maneira como vemos o mundo, e que Marx desconhecia quando rotulou a igreja como "o ópio do povo"...
Mas, qual é a nossa verdadeira relação com esse monstro electronico que ocupa lugar central nas nossas salas, que nos suga uns trocos em nome do serviço publico de televisao ( deveria ter escrito púbico, eu sei), e em casos mais extremos, 23 euros mensalmente para terem acesso a 40 e tal canais que nao interessam ao caraças, e dos quais apenas verdadeiramente vemos 4 ou 5 (para já nao falar nos tónis que metem powerboxes e afins)?
Eu pessoalmente ( só posso falar de mim de qualquer maneira) tenho a habitual relação amor/ódio com a mesma...
É certo que é uma importante fonte de informação, podemos ver todos aqueles maravilhosos programas sobre como as libelinha se reproduzem nas gelidas planicies da patagónia do sul, como os T-Rex dominavam o Jurassico com as suas patinhas boas pa palitar os dentes, como os franceses continuam a reclamar (Paris já está a arder?), como os americanos se preparam pa voltar a meter os pés na poça, o défice e as divertidas deambulações do governo por Angola (ainda ha la muito pa sacar pelos vistos).
Mas, e o resto?
Os morangos, o Malato, a novela da Serineide que quer casar com o Guri, mas a invejosa da Lucineide nao deixa, entre muitas outra pérolas da paralesia cerebral auto-induzida?
E com orgunho que digo que ha já uns bons 3 dias que nao vejo TV, e ainda nao morri?
Serei eu normal?
Estarei eu a engrossar as fileiras de uma qualquer revolução de cidadãos não tele-motivados? (Será por isso que agora a TVCabo está a oferecer um serviço de rádio?)
Será a nossa vontade de informação visual a nossa principal causa de cegueira cerebral ?